segunda-feira, 18 de junho de 2012

Anvisa capacita profissionais de saúde no Mato Grosso


Em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e com o Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Mato Grosso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou, nas últimas quinta e sexta-feiras (19 e 20/4), em Cuiabá, um treinamento sobre prescrição, dispensação e orientação da Talidomida. A capacitação seguiu as diretrizes da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC/Anvisa nº 11,
de 22 de março de 2011, que dispõe sobre o controle da substância e do medicamento Talidomida.

Participaram do treinamento médicos prescritores, farmacêuticos da Assistência Farmacêutica responsáveis pelo armazenamento, transporte, distribuição e dispensação do medicamento à base de Talidomida, enfermeiros e profissionais da Coordenação Estadual de Hanseníase, além de profissionais do SUS.

Segundo o Superintendente de Vigilância em Saúde do Mato Grosso, Oberdan Coutinho Lira, o evento teve como objetivo esclarecer alguns pontos da RDC nº 11, uma vez que houve alterações significativas no fluxo da talidomida. Entre elas, destaca-se a retirada, pelo médico prescritor, do talonário da Notificação de Receita de Talidomida, que deve ser feita pessoalmente junto à autoridade sanitária competente, mediante preenchimento de ficha cadastral. As Unidades Públicas Dispensadoras também deverão ser credenciadas mediante o cumprimento de alguns requisitos, discriminados no Anexo I da RDC.

A Talidomida é usada no tratamento de algumas doenças e causa efeitos teratógenos, ou seja, formação e desenvolvimento de deformidades físicas ou deficiências funcionais nos fetos em desenvolvimento. Assim, é imprescindível realizar o controle sanitário da substância e do medicamento por meio da publicação de normas, notas técnicas e inspeções sanitárias para verificar o cumprimento das mesmas, bem como promover ações de educação sanitária junto a todos os profissionais envolvidos e aos usuários.

É proibido o uso da Talidomida por mulheres grávidas ou que não estejam utilizando dois métodos contraceptivos, sob um rigoroso acompanhamento médico, pois este medicamento causa os seguintes efeitos colaterais nos fetos: ausência ou hipoplasia (desenvolvimento incompleto ou defeituoso) de membros; defeitos no fêmur e na tíbia; malformações no coração, intestinos, útero e vesícula biliar; polegar com três juntas; efeitos nos músculos dos olhos e da face; ausência de aurículas e surdez.